Acisa pede maior fiscalização no combate à Covid-19 e que empresas sejam mantidas abertas

24 de maio de 2021

A Associação Comercial e Empresarial de Santa Helena (Acisa) protocolou nesta segunda-feira (24), um ofício endereçado ao prefeito, Evandro Miguel Grade (Zado), e ao Comitê de Combate ao Coronavírus, com solicitação de fiscalização à população e o não fechamento do comércio. A principal preocupação manifestada pela Acisa está relacionada ao aumento no número de casos de Covid-19 e a adoção de eventuais medidas restritivas que possam ser implantadas.

Conforme o ofício, há preocupação, não apenas à sobrevivência dos comerciantes, prestadores de serviços e dos industriais, muitos dos quais estão em grave crise financeira com risco eminente de falência , mas também de toda a população, especialmente os mais vulneráveis.

Festas clandestinas

É fato público e notório , segundo o ofício, que as aglomerações ocorrem em diversas situações envolvendo a população em geral, onde não são observadas, nem fiscalizadas as medidas preventivas, como o uso de máscara e distanciamento físico. O documento também defende que, é de conhecimento comum que o contágio pela Covid-19 não está no comércio, que segue as orientações sanitárias, mas sim nas festas clandestinas e aglomerações desnecessárias que continuam ocorrendo em residências e outros locais. “Diante do cenário que se apresenta, solicitamos que no caso da aplicação de novas medidas restritivas relativas ao enfrentamento à Covid-19, o comércio, o prestador de serviço e a indústria não sejam novamente obrigados a fechar”, diz trecho do ofício.

Controle efetivo

A sugestão, segundo a Acisa, é que o Município adote e invista em outras formas de controle mais efetivas, como, por exemplo, a testagem em massa e o acompanhamento e monitoramento dos infectados e de todos os que com eles tiveram contato, sem prejuízo por busca de outras formas de ampliar e acelerar a vacinação.

O ofício pode ser acessado aqui.

A seguir, na íntegra, o ofício encaminhado ao prefeito Evandro Grade e ao Comitê de Combate ao Coronavírus:

A Associação Comercial Empresarial de Santa Helena – ACISA, na constante defesa dos interesses de seus associados e do desenvolvimento econômico do nosso município, vem por meio deste externar sua preocupação com os recentes índices de contaminação pela Covid-19, além das eventuais novas medidas restritivas que possam vir a ser implantadas.

Desde o início da pandemia, a classe empresarial tem sofrido excessivamente diante das restrições impostas. A Acisa sempre apoiou as medidas de prevenção, divulgando e atuando junto aos seus associados para aderirem às mesmas, como forma de reduzir os índices de contágio.

Nossa preocupação não é relacionada apenas à sobrevivência dos comerciantes, prestadores de serviços e dos industriais – muitos dos quais estão em grave crise financeira com risco eminente de falência -, mas também de toda a população, especialmente os mais vulneráveis.

Ademais, há grande preocupação com o próprio atendimento e suporte às pessoas infectadas e a necessidade de se investir recursos públicos cada vez maiores, necessários à resolução dos problemas.

A classe empresarial tem procurado fazer sua parte, no entanto é fato público e notório que as aglomerações ocorrem em diversas outras situações envolvendo a população em geral, onde não são observadas – nem fiscalizadas as medidas preventivas, como o uso de máscara e distância. Ainda que a ACISA não represente a totalidade do empresariado – nem possa responder pelos atos de todos os seus associados-, é uma entidade comprometida com as questões de Santa Helena e cuja maioria sempre se dispôs a buscar o melhor para toda a comunidade.

É de conhecimento comum que o contágio pela COVID-19 não está no comércio que segue as orientações sanitárias, mas sim nas festas clandestinas e aglomerações desnecessárias que continuam ocorrendo em residências e outros locais.

Diante do cenário que se apresenta, solicitamos que no caso da aplicação de novas medidas restritivas relativas ao enfrentamento a COVID-19, o comércio, o prestador de serviço e a indústria não sejam novamente obrigados a fechar.

Sugerimos também que o Município adote e invista em outras formas de controle mais efetivo, como, por exemplo, a testagem em massa e o efetivo acompanhamento e monitoramento dos infectados e de todos os que com eles tiveram contato, sem prejuízo por busca de outras formas de ampliar e acelerar a vacinação.

Além disso, se faz necessária maior fiscalização, seja no que diz respeito à circulação dos infectados e dos casos suspeitos, seja em face das aglomerações e mesmo das medidas sanitárias.

Sugerimos ainda que seja realizada uma ampla e eficaz campanha de conscientização, alertando sobre os riscos e aumentos dos casos, sem prejuízo de outras medidas que se fizerem necessárias.

Por fim, é necessário lembrar que o setor empresarial é quem efetivamente mantém a geração de emprego e garante a movimentação financeira do Município, inclusive mediante a arrecadação de impostos, devendo qualquer medida restritiva levar em conta sua importância no contexto local.